Isso é algo problemático, pois os terceiros sempre irão julgar os demais com base em seus preconceicos e conhecimentos prévios que, não raramente, são incapazes de descrever a realidade em toda a sua plenitude.
Por consequência de tal fato, haverão pessoas inteligentes que jamais serão reconhecidas e pessoas não tão inteligentes assim que serão aclamadas. Em ambos os casos, o resultado é negativo.
Quando uma pessoa verdadeiramente inteligente não é reconhecida como tal, ela desenvolve sérios problemas de autoestima e passa a se considerar "burra". Tal pessoa começa a se cobrar dada vez mais em uma tentativa desesperada de compensar as "deficiências" que nunca teve. O final dessa "corrida" por resultados será sempre trágica, pois: "quando alguém persegue a sua mentira ao invés de abraçar a sua verdade, ela sempre irá para uma situação pior do que quando começou".
Quando alguém "burro" é considerado como sendo "inteligente", o resultado também será ruim. Pois, não sendo verdadeiramente "inteligente", quando a hora em que necessitarem de suas habilidades chegar, todos ficarão decepcionados. E há poucas dores maiores do que a de decepcionar a todos em seu redor e a si mesmo.
Ambos os casos são ruins, mas o pior é aquele que é a soma dos dois: quando uma pessoa inteligente é considerada burra, passa a ser reconhecida como inteligente, e no final descobre que não era tão inteligente assim. Quando isso ocorre, só podemos desejar "melhoras" ao indivíduo.
Querendo ou não, os julgamentos de terceiros sempre afetarão grandemente os envolvidos, mesmo se eles forem estoicos. As pessoas criam ideias irreais sobre as outras e depois se decepcionam ao descobrir que a sua ilusão sempre foi uma ilusão.
A decepção é um sentimento duro e amargo, mas necessário. Ela é a professora de autoconhecimento mais eficiente que existe. Se faz necessário refletir sobre o porquê dela se fazer presente para que ela não volte pelo mesmo motivo.
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